Tudo sobre a Alta-costura Verão 2024

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06.02.2024

Quer saber os principais destaques da temporada verão 2024 da alta-costura de Paris? Te conto tudo aqui:

Schiaparelli

“Schiaparalien” foi o nome escolhido para o desfile idealizado por Daniel Roseberry, que misturou o seu já aclamado surrealismo com ideias futuristas, tecnologia e uma pitada de extraterrestre, utilizando muito de memórias para construir essa coleção, como uma conversa entre o presente e o passado.

“Porque o que nos diferencia como humanos são as nossas memórias. Eu penso nisso como na música – como em um álbum onde você tem todas essas referências diferentes sendo misturadas. E então a composição é algo que parece realmente original, uma caligrafia que parece única na casa. Mas se você olhar por dentro da aparência, é realmente como um tesouro de referências pessoais misturadas com o passado.” Daniel Roseberry para a VOGUE

Dentre os destaques vimos um bebê tecnológico e um vestido todo feito de lixos eletrônicos. Além disso, tivemos muitas fivelas e franjas, com uma ideia meio country, além de volume e exuberância, principalmente nas mangas.

Maison Margiela

Você deve ter visto algum vídeo ou foto com maquiagens imitando uma pele de porcelana por aí nesses últimos dias, né? Se viu, saiba que elas foram inspiradas nesse desfile! Essa beleza, assinada por Pat McGrath, deu o que falar e foi reproduzida por pessoas no mundo todo!

John Galliano fez das passarelas um verdadeiro palco e apresentou um desfile performático, teatral, impactante, dramático.

Falando das roupas, teve muita transparência, cintura marcadíssima, volume nos quadris e peças bem apertadas, enfatizando (e aumentando) as curvas de um corpo feminino.

Se posso resumir esse desfile em uma palavra, seria provocativo. O ar de incômodo esteve presente no caminhar performático dos modelos, no exagero da silhueta, no clima meio sombrio…

Christian Dior

Maria Grazia Chiuri apostou na excelência do trabalho manual, bem característico da alta-costura, deixando o foco para as roupas. Além disso, desfilou peças mais cotidianas e menos festivas, mostrando um outro lado da alta-costura que, segundo a estilista, está sendo procurado no momento.

Nas peças se destacaram a alfaiataria, tecidos com leve brilho, calças com tops bem trabalhados e muita textura.

À primeira vista é uma coleção simples. Mas, quando analisada peça por peça, sem colocar em perspectiva a exuberância esperada da alta-costura, podemos enxergar uma coleção que cumpre o que promete: excelência no fazer da roupa cotidiana.

Chanel

Entre tons pasteis e muito branco, Chanel desfilou a feminilidade – o que me lembrou muito uma tendência chamada de girly, que é basicamente o ultra feminino, delicado, leve, romântico. Outra tendência que esteve presente nesse desfile é a do balletcore, com meia-calça branca, bodies, rendas e laços.

Usei esses dois nomes para exemplificar que, por mais que a gente leia, todos os dias, vários nomes diferentes, eles acabam nos levando para um mesmo comportamento, uma mesma tendência. Girly, balletcore, coquette… cada um tem seu elemento específico, mas todos falam sobre uma tendência voltada para a leveza do feminino – a mesma que Chanel desfilou nessa temporada.

Jean Paul Gaultier

Simone Rocha, responsável pelo desfile dessa temporada, também trouxe o ultra feminino para as passarelas: laços, rendas, delicadeza, pérolas, cores claras. Só que de um jeito menos óbvio, mesclando elementos para seguir na proposta da marca – muito mais dramática, por exemplo.

Dessa junção surgiram fitas nos corsets, pele de fora e muito volume! Simone propôs uma leitura que exalta a feminilidade ao mesmo tempo em que não a limita, mostrando (na prática) que a junção de elementos, quando bem pensada, pode nos levar a várias interpretações.

Giambatista Valli

Dignos de tapete vermelho, a marca desfilou vestidos volumosos, dramáticos, cheios de laços e flores – inclusive tridimensionais, indo dos pés à cabeça.

Essa exuberância é um pouco mais tradicional… o esperado da alta-costura, por assim dizer. Bem diferente do desfile da Maison Margiela, que trouxe estranheza, Giambatista Valli colocou a “beleza” na passarela.

Além disso, muitas opções para noivas! E, por mais que a alta-costura esteja muito distante, dá para tirar umas ideias, né?

Valentino

Valentino, com sua coleção “Le Salon”, apostou no que sabe fazer de melhor: definir uma paleta de cores bem coesa e entregar um styling impecável.

As roupas desfiladas mostraram a excelente técnica dos seus artesões (que entraram na passarela e foram aplaudidos no final, coisa rara de se acontecer num desfile de alta-costura), entregando opções bem diversas, entre calças, parkas, vestidos, macacões, camisetas…

Além disso, os acessórios bold complementaram as produções, como colares e cintos!

Fendi

Com uma coleção luxuosa e minimalista, a Fendi desfilou shapes mais sequinhos e esvoaçantes, bastante pele de fora, transparência e uma paleta de neutros que não excluiu o prata, trazendo muito brilho para a coleção.

"Eu queria que a coleção fosse bastante gráfica e não romântica porque estava pensando na Fendi e em como, sob Karl, sempre houve um elemento de 'futurismo'" Kim Jones

A coleção também trabalhou bastante a textura nas peças, além de uma beleza clean e as clássicas bolsas, finalizando com acessórios pontuais, principalmente nas orelhas – que estavam super à mostra, com cabelos bem colados na cabeça e penteados para trás.


Numa visão geral, acredito que essa temporada exaltou o feminino sem limitá-lo. Laços, flores, cores claras e pérolas estiverem presentes comunicando delicadeza, força, drama, sensualidade, estranheza… cada um construindo sua mensagem, como sempre deve ser.

Pra gente, fica a inspiração!

E aí, o que achou dessa temporada?

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