Você mudou de emprego recentemente? Subiu de cargo, terminou a faculdade, teve alguma grande mudança no âmbito profissional? Está se sentindo meio perdida sobre como você deve se vestir no trabalho? Ou mesmo procurando uma recolocação no mercado?
Se você respondeu sim para alguma dessas perguntas, esse conteúdo é pra você!
A nossa imagem é construída diariamente, a partir das nossas escolhas – e ela pode (e deve, na verdade) ser feita com estratégia, principalmente no ambiente de trabalho. Afinal, a gente tá ali justamente pra mostrar nosso melhor, criar relações e desempenhar funções que exigem muito da nossa comunicação pessoal.
Trazer a roupa para o universo desses objetivos é contar com uma ajuda que potencializa – e muito – essa comunicação. Afinal, nossa imagem fala muito sobre nós mesmas. Mas como praticar isso sem deixar de lado o nosso estilo? Vamos ao passo a passo:
Entenda, sempre, o dress code da empresa
Antes de pensar qualquer estratégia a gente começa pelo básico: entender o que pode e não pode em cada trabalho. Além disso, é bacana entender também o que não está ali, nas regrinhas, mas que fará muita diferença no seu dia.
Por exemplo: se você é uma professora que trabalha com crianças, sobe e desce escadas, abaixa e levanta o dia todo, sua roupa precisa te permitir fazer todos esses movimentos com segurança.
Se você fica debaixo do ar condicionado o dia todo você precisa pensar em camadas que te garantem conforto nessa oscilação de temperaturas entre o trajeto (antes e depois do trabalho) e ali, na sua sala.
Outro ponto é que a gente parte de uma ideia de que a roupa de trabalho é muito mais flexível hoje do que era anos atrás, né? Mas ainda assim existe um dress code específico que varia de cada empresa e a gente precisa respeitar.
Dito isso, dá pra falar de um cenário mais geral: roupas mais formais são sempre bem aceitas, como alfaiataria, camisas, jeans mais retos (lisos, sem rasgos) e saias (nem tão curtas, nem tão justas).
Não abra mão da qualidade das peças
Não dá pra falar de roupa de trabalho sem falar de qualidade. Priorize os bons tecidos, naturais, com toque gostoso na pele e que vão te deixar fresquinha o dia todo.
De nada adianta uma calça que na teoria é ótima mas, na prática, é feita com um poliéster de má qualidade que muito provavelmente vai encher de bolinha no primeiro uso. Ou que já está com a costura toda desfiada, tem um tecido desconfortável na pele…
Escolher uma boa peça demonstra cuidado e zelo com a própria imagem e é o passo mais importante para se vestir com estratégia! E vale para todos os estilos e bolsos: é só pensar mais sobre suas escolhas e fazer uma boa curadoria ao invés de só comprar por comprar.
Escolha com intencionalidade
Você já deve ter ouvido falar que o azul marinho é uma ótima cor para usar em reuniões e entrevistas de emprego, né? Isso porque, além de ser considerada uma cor universal, ela é uma cor que agrada boa parte das pessoas (estudos apontam que o azul é a cor preferida de 45% das pessoas do mundo).
Pensar nessas sensações que as cores causam – e no significado que elas possuem – te ajuda a fazer escolhas mais intencionais. Mas não precisa ir na onda do azul só, ein? Dá pra pensar muito além!
As cores vivas, vibrantes, bem coloridas, são mais alegres e expansivas. Se usadas em excesso podem cair mais para a informalidade e “chamar atenção demais”, causando mais afastamento do que acolhimento. Ao invés disso, use-as em pontos estratégicos, nos detalhes e em peças específicas.
Isso vale para os tons muito escuros também! Só que ao invés de cair para a expansividade eles podem ser mais sóbrios, fechados. Para criar uma imagem com mais abertura e leveza, priorize modelagens menos estruturadas, por exemplo.
Já as cores mais suaves são mais suaves – como o nome mesmo diz. Se você usá-las com peças delicadas, românticas, pode passar uma mensagem muito doce, leve, sutil. Para trazer mais força para essa imagem é só usar peças menos delicadas, mais retas e até coordenar com tons mais escuros.
Todo excesso faz mal
Aqui é bacana fazer aquela conta no final do look, somando os elementos e vendo qual pesa mais. Além da quantidade (três peças formais para uma informal, por exemplo) é importante analisar onde essa peça está! No nosso campo de visão, que é na parte de cima do corpo, os elementos tendem a pesar mais do que fora dele, como na parte de baixo.
A frequência de uso, sua expressão facial e corporal, seu tom de voz, o cabelo, acessórios, maquiagem… tudo isso entra pra conta.
Qualquer que seja o seu objetivo, tenha isso em mente: todo excesso faz mal. Ir despojada demais num ambiente formal pode te deixar deslocada, com a sensação que se vestiu errado, pouco confiante. Ir formal demais num ambiente que pede uma certa informalidade pode te deixar muito fechada e igualmente insegurança.
Falando nisso, um erro bem frequente ao se vestir de forma mais profissional é pesar demais a mão e acabar transmitindo uma imagem muito fechada para as outras pessoas. Isso acontece muito com quem tem uma mudança de cargo, por exemplo, quer se vestir melhor para essa nova função e acaba seguindo uma fórmula que desconsidera o seu próprio estilo.
Entender o seu estilo te ajuda a ser mais estratégica
Dentro dessa conta toda tem uma parte muito importante: toda estratégia de imagem começa a partir do seu estilo, e não apesar dele! Afinal, não há truque ou fórmula que resista ao desconforto de não se vestir de si mesma, né?
Pensando nisso, se respeite sempre para estar confortável nesse ambiente que exige sua presença (presença mesmo, de corpo e alma) todos os dias. Não dá pra segurar um sapato machucando ou uma roupa quente demais só pra sustentar uma imagem criada – a sua insegurança e desconforto ficarão nítidas!
O que você precisa fazer é se adaptar sempre dentro do seu próprio estilo, trabalhando com o que é possível de ser feito com conforto. Aquele papo de segurar a imagem, sabe? E com todo o acesso e tecnologia que temos hoje é muito possível falar de estilo, conforto e look de trabalho na mesma frase.